Leitura, identidade e história

VIII Café com Leitura discute as diversas abordagens a respeito da leitura. 

 

Mesa Redonda

As interfaces da leitura estão sendo discutidas na oitava edição do Café com Leitura, realizado hoje (20), no Câmpus Samambaia da Universidade Federal de Goiás. Andréa Santos, professora do curso de Biblioteconomia da Faculdade de Informação e Comunicação e coordenadora do evento, diz que "O Café com Leitura é um evento sem preconceitos". Andréa destaca que cada leitura tem seu papel na geração dos conhecimentos. Isto porque cada texto traz contribuições e, analisado criticamente, aponta novas informações.

Posição semelhante tem Lígia Dumont, professora da Escola de Ciências da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais. A pesquisadora aponta que "a ciência da informação discute de que modo a informação gera conhecimento através da leitura", explica Lígia Dumont, da Escola de Ciências da Informação da UFMG. A pesquisadora discutiu o processo de leitura e as competências informacionais. Lígia também destaca que a leitura deve ser abordada de modo interdisciplinar.

Leitura e identidade

Wilson Paiva, professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, aponta as relações históricas entre a leitura e a constituição da identidade. Segundo o pesquisador, as relações entre a construção da identidade a partir da leitura foram muito discutidas pelos gregos. "Enquanto para Platão a leitura era constituínte da identidade, para Aristóteles, era a escrita", diz Wilson. "A identidade de um povo se consolida, se enriquece e se diversifica a medida que este povo seja capaz de realizar uma leitura poética de sua realidade", conclui. 


Leitura e história

"Histórias de biblioteca são histórias de leitores no tempo e no espaço", diz Keila Matida, professora da Faculdade de Educação da UFG. Keila aponta que é possível observar o contexto histórico e social das cidades e bairros a partir da história de bibliotecas. Segundo a pesquisadora, durante a Ditadura Militar, a Biblioteca Muncipal de Anápolis (GO) funcionou como um espaço de reuniões de grupos que discordavam do regime. Isto porque o espaço do saber era considerado neutro pelas autoridades.